sábado, 14 de janeiro de 2017

Capítulo de teste

A morbidez da cidade de Pallet sobressaía sobre a de qualquer outra cidade da região de Kanto.  Talvez a cidade mais camponesa dentre todas daquele país. A maioria dos habitantes vivia do campo, vendendo verduras, frutas e leite no comércio local. Apenas os mais ricos, que possuíam grandes rebanhos de Tauros, vendiam carne. Os pobres, muitas vezes, não podiam se dar ao luxo de comprar tal produto, por isso, inventavam receitas de deliciosas sopas campestres, que, mais tarde, se tornariam parte da cultura da região. Quando podiam, pescavam magikarp, porém, a espécie já estava praticamente extinta naquela cidade e em seus arredores por causa da poluição desenfreada vinda da cidade vizinha, Viridian, centro de grandes empresas.
Em uma das casinhas mórbidas e simples da cidade, viviam um casal de camponeses e seu filho, de nome Red, um jovem de poucos sonhos, assim como seus pais. É esse garoto que iremos acompanhar, a partir de agora. Nesse instante, ele se encontra cortando madeira de uma árvore para alimentar as chamas da velha lareira de sua humilde casa. O inverno estava chegando ali e os habitantes tinham de se precaver para não morreram de frio.
— Calor dos infernos! Me puseram para pegar lenha logo nesse dia quente. Vida de pobre é dura — ele para por um momento o seu machado para limpar as gotas de suor que escorriam por seu rosto, encarando a árvore recém cortada. — Tão dura quanto essa praga de madeira. Quem me dera ser rico e não precisar fazer tanto esforço. Só sentar em frente à minha lareira automática tomando um bom vinho de Tangela.
Seus pensamentos são,  então,  interrompidos por um tapa em sua nuca. Ele se vira, dando de cara com um homem de barba comprida e roupas rústicas.
— Pare de imaginar bobagens, moleque. Cuide de terminar logo esse trabalho, tenho outra tarefa para você.
— Mas pai, eu estou muito cansado e--
— Que se dane, é bom fazer o que mando se não quiser morrer de fome. Sua mãe não está ganhando quase nada com aquelas porcarias de tecidos de terceira mão.
— Ela faz o que pode.
— Bem, o que ela pode fazer não bota comida na mesa. Agora cale-se e depois venha ao meu encontro.
— Sim, senhor... — Ele afirma, com um certo rancor.
Depois do homem voltar a capinar algum mato que atrapalhava a pequena plantação da família, o garoto resmunga um bocado e volta ao seu trabalho. Após alguns minutos, Red separa a madeira que havia cortado e caminha até seu pai, que não estava muito longe.
— Terminei de cortar a lenha, o que mais devo fazer?
— Hm. Fiquei sabendo que hoje organizarão um campeonato de Pokémon nas docas. O prêmio é em dinheiro, uma quantia considerável. Poderemos comprar tudo o que precisamos para nos mantermos seguros em casa, no inverno.
— E os produtos que o senhor planta?
— Seu idiota, tudo isso que estou plantando é pra vender no mercado e pagar as contas, que são muitas. O que nos sobra é quase nada.
— Certo, mas como iremos participar disso sem um Pokémon? Aliás, esse tipo de coisa não foi proibida pelos Quatro?
— Por isso mesmo irá acontecer nas docas, moleque. Nenhum policial faz ronda por lá. E sobre o Pokémon,  é exatamente sobre isso sua nova tarefa — ele revela, ganhando a atenção do garoto. — Você terá de capturar um daqueles bichos ainda hoje.
— Mas como eu vou pegar um desses? — o jovem pergunta, observando o pai caminhar até algumas ferramentas.
Ele pega uma pá e volta aonde o filho estava.
— Pegue — ele ordena, entregando o objeto ao garoto de cabelos negros. — Com isso e algum esforço, vai conseguir algum Pokémon.
— Eu não sei se vou conseguir fazer isso... É cruel demais pra mim - Red recua.
É então que a mão calejada e machucada do velho homem aterrissa em uma das bochechas do menino, que, com o golpe, desaba no chão de terra. Apesar de já ter levado dezenas daqueles tapas, ainda não havia se acostumado com a severidade do pai.
— Eu já sofri muito nessa vida, garoto. Já passei muitos invernos morrendo de frio e fome e, agora que você já pode trabalhar pra ajudar nas despesas de casa, não vou lhe deixar vagabundando por aí. É melhor ir agora até aquela floresta e pegar um bicho bom de briga — o homem sentencia, voltando à sua plantação e deixando o menino sem chão.
— Um dia eu não vou mais precisar ser humilhado por esse... esse cara. Vou sair com minha mãe desse fim de mundo e me tornar um dos Quatro — ele pega seu boné, que havia caído no chão, assim como si, e se direciona para a floresta da cidade.

-•-

A floresta de Viridian era a mais próxima da cidade de Pallet. O espaço era cheio de árvores, grama e muitos Pokémon, mas não muito perigosos. Rattata, weedle, caterpie podiam ser facilmente encontrados por ali, mas não era isso que Red queria. Ele precisava de um Pokémon realmente forte para orgulhar seu pai. Depois de muito andar, resolveu parar no pico da floresta para observar a cidade vizinha e tomar um pouco de água.
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— Céus... quanta diferença entre esta cidade e a minha. Às vezes, fico indignado com tanta desigualdade. São realidades tão opostas. — ele lamenta, mas logo volta a caminhar pela floresta, em busca de um Pokémon forte.
Enquanto observava atentamente movimentos suspeitos em árvores e arbustos, esperando encontrar algum monstrinho que não fosse um inseto ou um Ratatta, ele se depara com uma cena peculiar. Um homem de boina e roupa pretas, com um grande R estampado na blusa e um chicote nas mãos ameaçava um pequeno Pokémon alaranjado, semelhante a um lagarto, que tremia de medo.
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— Não tem para onde fugir, praguinha! Sua mãe já está pronta para servir à nossa organização, você será o próximo! Mesmo que não seja de grande utilidade em batalhas oficias, poderá ser usado por um dos pirralhos da Academia.
Dito isso, Red percebe que o homem possuía uma esfera vermelha com branco em seu cinto. O objeto era feito de um material transparente, o que possibilitava que Red visse um grande dragão alaranjado, parecido com o pequeno Pokémon, preso.
— ''Aquela deve ser a mãe dele...'' — o jovem deduz, observando uma expressão de tristeza e angústia no rosto de ambos os lagartos.
O homem levanta o chicote para o pequeno Pokémon, que começa a chorar e berrar, como se chamasse sua semelhante. Red sabia que não podia deixar o pequenino ser surrado. E ele não o faria. Quando o criminoso estava prestes a chicotear o monstrinho, o garoto se joga em cima dele, o fazendo baquear no chão.
— Saia de cima de mim, seu salvagem! — ele ordena, se rebatendo no chão, tentando se livrar do jovem.
— Só depois que você deixar aquele Pokémon inocente partir!
— Você que pensa.
Depois de muita insistência, o malfeitor consegue se soltar e jogar Red no chão, correndo até o pequeno Pokémon, que tentava correr com suas pequenas e lentas patas. O bichinho é surpreendido por uma chicoteada, mas, com sorte, consegue desviar, fazendo com que a tira de couro acerte o chão. A poeira sobe, o assustando e o deixando paralisado.
— É o fim da linha, baixinho! — Ele levanta seu instrumento novamente, porém, dessa vez, o chicote acerta alguma coisa. Ou melhor, alguém. Red poderia ficar com as costas ardendo por alguns dias, mas valia à pena. — Pirralho intrometido, pare de tentar defender esse animal! Essas coisas só servem para ser usadas em batalhas, se pretende pegar esse daqui, pode desistir e ir atrás de outro!
— Você... — ele sente uma imensa dor em seu ombro — Você me enoja. 
— Grr... — o homem começa a se irritar.
Enquanto Red sofria com seu ato de coragem, o pequeno lagarto assistia tudo com os olhos cheios de lágrimas. Ele nunca havia visto um humano fazer isso por Pokémon algum. Sempre via aqueles seres como ameaças, pois, em todas as vezes que cruzava com um, sua mãe se machucava para lhe salvar. Mas dessa vez foi diferente. Aquele humano conseguiu vencê-la e capturá-la. 
— Você pediu por isso, moleque — o criminoso pega a esfera que havia guardado em seu cinto. — Terei de tomar medidas drásticas. Saia, Charizard!
Ele joga a esfera no ar, fazendo com que uma luz vermelha saia de si. A energia materializa-se em um grande e amedrontador dragão, que ruge ao sair de seu confinamento. 
— Que-que tipo de bruxaria é essa, cara?! — Red se assusta com aquela bugiganga que nunca havia visto antes.
— Hahahahaha, vejo que é apenas um pirralho do mato. Deve ter vindo de Pallet, não é? Aquela cidade, ou melhor, vila, é realmente decadente, parece que vivem na pré-história.
— Cale a boca, agora, ou irá se arrepender! — o jovem se irrita.
— Apenas meus superiores da Team Rocket me dão ordens. Charizard, ataque-o! — ele ordena, levantando o braço na direção do garoto.
O grande lagarto com asas recebe a ordem e, ao observar seu pequeno filhote correr para si, pronto para lhe abraçar, ela repensa o comando do homem e se vira para o mesmo. De repente, um jato de chamas sai de sua boca na direção do malfeitor, que recebe o ataque aos berros. Enquanto Red observava a situação, impressionado com o instinto da Pokémon, as chamas cessam depois de alguns segundos, revelando uma pilha de cinzas aonde deveria estar o criminoso.
— Vo-você... — o garoto continua em choque, até que percebe a aproximação do dragão. 
Enquanto permanecia assustado, o pequeno lagarto, agora livre do cruel homem, assim como sua mãe, pula de felicidade. Red, então, também fica feliz ao observar a alegria do pequenino e, depois de um tempo, recebe um sorriso da amedrontadora fêmea. 
Ao perceber que sua ''missão'' estava cumprida, o camponês volta para sua cidade, pois a noite já estava chegando. Ele sabia que poderia levar a maior surra de todas de seu pai, mas ao menos sabia que nada iria doer mais do que a cena deplorável daquele caçador, ou seja lá o que aquele homem fosse, ameaçando um pobre bichinho. Ele não havia prestado muita atenção, mas tinha quase certeza que havia visto uma marca de chicote na Charizard. Enfim, havia valido a pena.
Ao chegar na pobre casinha, iluminada por lamparinas presas na parede, seu pai já lhe esperava, sentado em uma cadeira de balanço na porta de casa. 
— Cadê o Pokémon? Não estou vendo nenhum bicho. — o homem se levanta, começando a se enfezar ao perceber que o filho não havia trazido Pokémon algum.
— P-pai, me desculpa, por favor, mas-- — quando ele estava prestes a implorar perdão ao pai, sente alguma coisa arranhar sua calça. 
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~Char!
Era o pequeno Charmander que havia salvado. Aquele pequeno Pokémon estava disposto a lhe ajudar? Ele havia lhe seguido? Bem, Red estava surpreso com aquela aparição inesperada e sabia que iria ter de dizer para o pai que havia capturado aquele monstrinho, ou, ao contrário, seria taxado como covarde e fraco.
— Ora, ora, vejo que conseguiu pegar um bom exemplar!
— S-sim... eu acho. — ele é obrigado a confirmar. 
É então que ouve o som de asas batendo, e direciona seu olhar para o céu cheio de estrelas. Lá, estava a mamãe do Charmander. Red acena para a Pokémon, que ruge e esboça um sorriso. Charmander começa a pular e acenar para a dragão-fêmea, que, depois de algum tempo, corta as nuvens com suas afiadas asas, voando para longe e sumindo de vista.
Era o início de uma nova amizade, e isso era muito bom. Mas o medo habitava dentro do jovem, que não sabia como iria batalhar no Campeonato ilegal com aquele pequenino lagarto. Bem, não custava tentar.

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Capítulo 10 - Problemas na Team Flare! Uma Proposta Irrecusável

Enquanto toda a confusão acontecia no Teatro, um homem bebericava vinho em uma poltrona de couro preto, com um leão feroz ao seu lado. Ele passa a mão em sua juba, fazendo o bicho rugir baixinho.
— Hm, vamos ver o que estão falando na TV sobre o ataque. — Ele fala consigo mesmo, ligando, com um controle remoto, um telão enorme preso à parede.
Depois de alguns segundos, o televisor ilumina a sala com a imagem de uma repórter de cabelo rosa falando em uma bancada.
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— Infelizmente, venho trazer uma notícia triste e, ao mesmo tempo, assustadora para os habitantes não só de Lumiose City, mas sim de toda a região. O Teatro da cidade foi atacado, nesta noite, por um bando de criminosos que ainda não foram identificados pela polícia.
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— Tenho que admitir: sua atuação está saindo melhor do que pensei. Impressionnant.
— O atentando resultou na morte de um foragido da polícia, até então de nome desconhecido. — Ela continua, fazendo o barbudo se contentar. — Porém, alguns dos bandidos foram presos e levados à polícia local, onde serão interrogados.
— Mas que inferno! Não acredito que aqueles inúteis deixaram-se serem presos... Vou ter uma conversa com Xerosic e será agora mesmo. — Ele exclama, apertando um outro botão no controle remoto da TV, fazendo-na mudar de imagem para uma lista de contatos.
Enquanto isso, em uma laboratório de localização desconhecida, Essentia era verificada pelo próprio Xerosic, que conversava com os recrutas que haviam conseguido fugir.
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— Fizeram muito mal em ter deixado aqueles soldados serem levados pela polícia.
— Não tínhamos o que fazer, monsieur, a Essentia iria explodir o Teatro inteiro e nós precisávamos fugir. Diantha, Sycamore e os pirralhos já tinham amarrado todos.
— Argh, se o único problema fosse essa perda, seria parfait, mas o verdadeiro perigo está no que aqueles imprestáveis podem relevar para a polícia.
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— Além disso, o Monsieur Flare ficará em tempo de explodir. — Uma das duas garotas que mexiam nos computadores do laboratório fala, deixando Xerosic preocupado.
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Mable, sua idiota, não piore as coisas! — A mulher ao lado dela recomenda, sussurrando.
— Blá, blá, blá. Deixe de besteira, Bryony, só estou fazendo uma observação a nosso chefinho querido. Sei que ele não ficará irritado, não é mon amour? — Mable explica, indo até o cientista ruivo e pegando em seu braço. Ele, porém, a afasta com a mão, fazendo Bryony soltar uma risadinha.
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— Calem a boca, não estão me ajudando de forma alguma, o melhor que fazem é voltar ao trabalho para restaurar a Essentia. Não quero nem pensar na possibilidade do superior vir reclamar comigo, minha cabeça já está latejando e-- — O gordo é interrompido pelo barulho vindo do telão principal da sala. 
De repente, a imagem do misterioso homem desperta todos do sala, que se põem a fazer uma retinência e um grito de guerra.
— Dizia algo, Xerosic? Pode continuar, parece que lhe interrompi, pardon
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— De forma alguma, não me atrapalha em nada, monsieur. 
— Hm. Bien, vim conversar com você sobre o resultado da missão. 
Xerosic olha para os recrutas e as duas cientistas, fazendo uma expressão para que saíssem da sala, e assim o fazem, deixando os dois a sós.
— Soube pela TV que um foragido da polícia morreu. Por acaso, foi aquele investigadorzinho de quinta que estava tentando revelar nossos planos?
— Ele mesmo, monsieur
— Menos um no nosso caminho, nada mal. Mas e os alvos principais da operação?
— Err... não sei como lhe dizer isso...
— Os recrutas falharam, não é? Não precisa nem me dizer, já posso deduzir, estou acostumado com a inutilidade desses imbecis. 
— Mas não se preocupe, a infiltrada no laboratório de Sycamore deve descobrir alguma coisa ainda hoje ou amanhã de manhã e irá facilitar no planejamento de uma nova armadilha para os dois!
— Hm, assim espero, quero que capturem ao menos a Campeã, ela sim é que me interessa. Do outro, cuido depois. E o que me diz dos nossos capturados pela polícia?
— Não sei o que fazer com aqueles malditos, com certeza irão abrir as bocas para os civis.
— Acho que vou ter de conversar com alguns dos meus amigos de lá, eles podem resolver isso para mim. 
— Seria ótimo, monsieur, aqueles lá só iriam nos atrapalhar, de qualquer forma. O velho Montgomery já está preparando um novo dia de testes na Academia para selecionar mais alunos eficientes. 
— Não vejo a hora de me livrar daquele homem. É preciso aturar tantos tipos de pessoas para poder concretizar o que queremos... Se pudesse, explodia logo tudo de uma vez. 
— Tem razão, mestre, mas todo esse esforço nos valerá a pena! Não esqueça que o mutante já está sendo procurado pelo Alain.
— O pirralho até que está fazendo um bom trabalho... estou contando os segundos para poder repetir tudo o que aquele ancião fez, mas de uma forma melhor. Se ele não tivesse se tornado um covarde, poderia nos servir para mais alguma coisa. E a robô?
— Está sendo muito útil! Eu e as cientistas já estamos a restaurando, só dei permissão para a usarem porque era um plano importante.
— Espero que assim continue, não gastei milhões em tecnologia de última geração para esse pedaço de lata velha não nos servir para nada. Apesar do objetivo principal do plano não ter sido cumprido, ao menos um de nossos obstáculos foi eliminado. Espero que queime no inferno. — Ele sentencia, fazendo Xerosic gargalhar de uma forma maléfica. — Depois conversamos mais, qualquer informação vindo da infiltrada me contate. Amanhã terei um encontro com a Madame Flare. 
Espere, monsieur, já estava me esquecendo de lhe contar. Sabe aquele garoto que salvou a Campeã do Rotom-ventilador? — O misterioso homem confirma. — Pois bem, ele estava no Teatro com dois outros pirralhos, os três derrotam um trio de recrutas!
— Muito suspeito... acha que pode ter alguma coisa a ver com a Profecia?
— Temos de levar em conta essa hipótese, isso de certeza.
— Vou ler o livro novamente, para ver se encontro alguma pista. Além disso, o garoto pode ter alguma ligação com Sycamore, e talvez vá para seu laboratório, provavelmente a infiltrada escute algo importante sobre ele.
Magnifique, mestre, pode deixar que qualquer coisa lhe informo.
— Ok, desligando.
E, assim, o telão escurece, deixando o cientista gordo sozinho em sua sala, apenas com Essentia, que estava desativada, de companhia.
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— Os recrutas, aparentemente, pegaram o homem em um bom dia. Não sei como ele não os levou para sua mansão para servirem de ração do Pyroar... me arrepio todo quando penso naquele bicho. — Ele falava consigo mesmo, enquanto conferia o traje de Essentia.
É então que, repentinamente, a máquina desperta e vira-se para o ruivo, que se assusta, levantando seu braço e preparando uma esfera de poder em sua mão.
— Abaixe esse braço, sua infeliz! DESLIGAR, DESLIGAR! — Ele tenta parar a robô com um comando de voz, porém a concentração de energia continua. A máquina começa a avançar em sua direção, o obrigando a dar alguns passos para trás.
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— Essentia. Destruir. Você. — Ela diz, com uma voz robótica.
— Pare logo esse ataque, agora! Eu sou seu inventor, você deve me obedecer! — Ele ordena, desesperado, percebendo que o ataque mortal já estava quase pronto.
De repente, Mable e Bryony, duas das cientistas auxiliadoras de Xerosic, adentram o laboratório.
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— Chefinho, o que está acontecendo?! — A de cabelo azul pergunta, percebendo que seu chefe estava em perigo.
Essentia transfere sua atenção pras duas mulheres, virando-se para elas, deixando seu alvo inicial livre para desativá-la através de um painel presente nas costas de seu traje.
— O que houve por aqui?! — Bryony o questina, depois da sala ficar fora de risco.
— Essa maldita quis me atacar, como eu tinha pensado. Ela não estava pronta para entrar em ação tão cedo, ainda precisamos fazer mais testes. Terei de mantê-la isolada, por enquanto.
— Uma ameaça das grandes! Acha que isso tem a ver com sua consciência? — Mable pergunta.
— Não só acho, como tenho certeza... A garota está tentando reagir, se rebelar, é evidente...
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— ...Mas eu vou tratar de resolver isso. Emma terá de se conformar com suas novas funções.

Capítulo 10 - Problemas na Team Flare! Uma Proposta Irrecusável
Temporada 1 - Arco 1

Depois dos bombeiros apagarem as chamas que incendiavam o Teatro, da garotinha que havia sido feita refém pelos Flare ter sido entregada à sua mãe e da Polícia ter prendido os bandidos que foram capturados, Sycamore leva Diantha e os três garotos para seu Laboratório.
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— Que noite agitada, hein, meninos? — O professor pergunta, enquanto preparava chá.
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— E põe agitada nisso, monsieur Sycamore, não sei como conseguimos sair vivos dali. — Trevor responde.
— Essa confusão toda me deixou morrendo de fome, um hambúrguer seria bastante bem-vindo agora! — Tierno comenta, deixando Trevor envergonhado.
Mon Dieu, você não consegue passar um minuto sem falar em comida
— Blé, só estou sendo sincero, Trevor. E não precisa sussurrar. 
— Hahahaha, infelizmente não tenho hambúrgueres aqui, Tierno. — Sycamore informa, deixando o gordinho cabisbaixo. — Mas o chá está pronto!
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— Há uma grande diferença entre chá e fast food, não? — A Campeã se diverte, vendo seu amigo trazer uma bandeja com cinco xícaras de chá até a mesa.
— Não tenho essas frescuras, me passe um pote de ketchup que tudo estará certo! 
Todos ali se divertiam com o gordinho, a não ser Xavier, que se encontrava rodeando a borda da xícara, que o Professor havia colocado em sua frente, com o dedo. 
— Parece que alguém por aqui anda tristonho... — Diantha observa, indo até o garoto, e fazendo com que todos percebessem sua expressão. — O que aconteceu, jovenzinho? Anime-se, você venceu um bando de criminosos bem treinados, agora é um verdadeiro herói!
— Oh — Xavier, ouvindo a mulher, parece despertar de uma transe —, excusze-moi, gente, estava com a cabeça em outro mundo.
— E no que estava pensando?
— Err... em nada, Tierno, em nada. Agora vamos de mudar de assunto, si'l vous plâit?
— Não liguem, gente, o Xavier tem essas estranhezas mesmo, hehe! — Trevor brinca, arrancando um sorriso de lado do amigo.
— Hm, já que não há problema algum, que tal irmos até o espaço onde meus Pokémon vivem?
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— Seria um sonho realizado, Professor! — Trevor se deslumbra, se ajoelhando na frente do homem e pegando em suas mãos, novamente.
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— Err... Certo, eu acho.
Augustine leva os quatro até uma espécie de floresta dentro do Laboratório, onde alguns Pokémon caminhavam e brincavam livremente. Nela, uma laguinho e várias árvores deixavam o ambiente mais aconchegante para os monstrinhos. Três pessoas, vestidas de branco, se encontravam na sala, uma dava comida aos Pokémon e as outras duas faziam anotações em uma caderneta.
— E aí, o que acharam?
— Esse é o lugar mais lindo que já vi em toda minha vida! — Trevor se impressiona, tirando muitas e muitas fotos com seu Holo Caster, que também possuía essa função.
— Não exagere, Trevor, as pizzarias ainda existem. Mas esse é um lugar incroyable mesmo!
— Maravilhoso, Professor! Mas por que o senhor resolveu criar todo esse espaço em vez de apenas guardar os Pokémon nas pokéballs? — Xavier pergunta, observando alguns Zigzagoon e Furret correrem entre os arbustos.
— Acredito que, ao ar livre e em seu habitat natural, os Pokémon se sentem mais livres, como se estivessem na natureza, o que deixa as minhas pesquisas mais eficazes e simples.
— Só um cientista tão experiente e magnífico para pensar em algo tão genial!!
Escutem, garotos, acho que esse amigo de vocês precisa de tomar algum remédio. — Sycamore sussurra para Xavier e Tierno, enquanto o ruivo permanecia paralisado em sua frente, ganhando algumas gargalhadas dos dois. 
— Que tal apresentar seus assistentes, Augustine?
— Oh, claro, que falta de educação de minha parte. Garotos, venham aqui! — Ele chama os três jovens, que param o que estavam fazendo e vão até si. — Xavier, Trevor e Tierno, estes são Sophie, Sina e Dexio. Eles estão estagiando aqui, no meu Laboratório.
— Muito prazer! — Os três meninos dizem, em conjunto.
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— O prazer é todo nosso, crianças. — A moça de óculos vermelhos e cabelos azulados retribui o cumprimento.

— Vieram fazer uma visita ao laboratório? — A de cabelo roxo pergunta.
— Esses meninos não são apenas visitantes, são os garotos que nos ajudaram a vencer a Team Flare no atentando desta noite.
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— Oh, oui! Aqueles que vimos na TV, Sina.
— Então esses são os mini heróis de que os repórteres tanto falavam!
Enquanto os três assistentes diziam o que haviam visto nos telejornais e perguntavam ao Professor todos os detalhes do acontecimento, nossos protagonistas tinham, cada um, pensamentos diferentes.
''Mon Dieu, todos os canais devem estar reportando o ataque e estampando nossas fotos em milhares de televisores. Minha mãe vai me matar, quando eu chegar em casa!''
''Agora que estamos ficando famosos, vou dizer para todos do curso Pokémon que sou o melhor amigo do Professor Sycamore. Eles vão morrer de inveja!''
''HAHAHAHAHA, vou dar dezenas de entrevistas, ficar rico e ser coroado como o rei de Kalos! Vou ter todas as pizzas e hambúrgueres da região só para mim!''
— Garotos, estão nos ouvindo? — Diantha pergunta, vendo os três paralisados, presos em seus pensamentos. Até que, de repente, eles despertam de seus sonhos.
Oui, oui, não se preocupem. — Trevor responde. — Só estávamos pensando no quanto ficamos apavorados em frente àqueles bandidos, não é, meninos?
— Ah, claro, não pensávamos outra coisa a não ser isso. — Xavier concorda, disfarçando.
— Bien, na verdade, eu estava pensando em quando eu for rei e-- — Tierno é interrompido por seus dois amigos, que tapam sua boca com as mãos, deixando Diantha, Sycamore e seus assistentes sem entender nada.
Depois de Augustine mostrar toda a ''mini-floresta'' para os três garotos, ele os leva de volta para a sala principal do Laboratório, deixando seus ajudantes continuarem suas pesquisas. Porém, sem que ninguém visse, Sophie os segue e encosta seu ouvido na porta da sala, a fim de ouvir a conversa.
— Agora que já conhecem cada pedaço daqui, que tal conversarmos sobre a Mega Stone que Diantha lhe presenteou, Xavier?
— Ah, claro, sem problemas.
— Você tem ela consigo?
— Infelizmente, não, a deixei em casa.
— Deixe de perturbar o garoto, Sycamore. Como já lhe disse, apenas lhe dei uma das pedras que encontrei em uma de minhas aventuras e uma simples Key Stone com um Mega Ring, que o Lysandre me havia dado. Achei que ele merecia uma recompensa.
No momento em que a Campeã diz isso, Xavier olha para seus amigos com uma expressão metida.
É, parece que o que você nos contou é mesmo verdade. — Trevor admite, arrancando um sorriso do garoto.
— Mesmo assim, Diantha, você sabe como eu estou curioso para ver essa pedra.
— Você tem muitas pedras iguais a que eu dei ao Xavier, não irá lhe fazer falta.
— Humph...
— Não se preocupe, monsieur Sycamore, eu lhe entendo, problemas de estudiosos são sempre grandes. — Trevor diz, como se fosse um experiente cientista.
— Não precisa ficar chateado, Professor, um dia irei mostrá-la ao senhor, para matar vossa curiosidade, haha. Mas, por falar em Lysandre, repararam que ele sumiu depois dos bandidos atacarem?
— Também reparei nisso! — Tierno acrescenta.
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— Ele, às vezes, tem umas ações estranhas mesmo, já não é a primeira vez que o homem desaparece do nada. E, sempre quando lhe pergunto o que se passa, ele me diz que são problemas pessoais.
— Não se preocupem com isso, rapazes, conhecemos bem a figura de Lysandre, ele sempre foi, digamos, misterioso. Depois iremos perguntar a ele o que aconteceu.
— Hm, mas que é estranho, isso é, de certeza. Agora, mudando de assunto, gostaria de saber do tal projeto que a Campeã me havia falado!
— Oh, claro, já estava me esquecendo disso. Bien, diferentes Pokémon vivem nas muitas regiões do Mundo Pokémon e, até hoje, nenhum pesquisador de Kalos resolveu fazer um estudo aprofundado sobre as espécies que aqui vivem. Foi então que me veio a ideia de começar um projeto com esse objetivo e, por isso, resolvi criar minha própria versão da Pokédex, um invento vindo da região de Kanto que armazena os dados e informações dos Pokémon que o Treinador que a estiver usando encontrar ou capturar. Mas, para iniciar meu projeto, preciso de jovens que possam sair em jornada a fim de completá-la.
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— Você disse... conhecimento?????? MON DIEU, NÃO POSSO PERDER ESSA CHANCE!
— Hm, pensando bem, acho que seria interessante sair em uma jornada pela região. Eu teria a oportunidade de provar pratos de diferentes lugar e, claro, participar de campeonatos de dança irados!
— Hahahaha, parece que seus amigos já se empolgaram com a ideia, Xavier. O que acha da proposta? Lembrando que eu lhe daria um Pokémon, já que você não possui nenhum, além de fornecer Pokéballs para os três e Holo Casters para você e Tierno, pois, como vejo, Trevor já possui um.
— Err... — O garoto parecia envergonhado, permanecendo calado.
— A questão é que a mãe do garoto parece não gostar da ideia dele sair em jornada, velho amigo. — Diantha abre o jogo. — Ela não o deixa seguir seu sonho de participar da Liga.
— Oh, então você quer ser um Treinador, oui? A Diantha não me tinha falado disso.
— É um assunto meio complicado, minha mãe rejeita qualquer hipótese de eu partir em jornada ou me aproximar de qualquer Pokémon selvagem.
— Converse bem com ela, não quero nem pensar na hipótese de você aceitar a participação nesse projeto sem o consentimento de sua responsável.
— Pode deixar, Professor, vou conversar. Agora temos de ir, não é, amigos?
Mon Dieu, tem razão, já se passa das onze, nossos pais devem estar preocupadíssimos! Vamos pedir permissão a eles e depois contamos tudo ao senhor, pode deixar. — Trevor confirma.
— Certo, vou ficar no aguardo de suas respostas.
Quando já estavam saindo, Sophie, uma das assistentes de Sycamore, vai até uma das salas de pesquisa do Laboratório, fazendo uma ligação via holograma pelo seu Holo Caster. Depois de discar uns números, uma imagem aparece em sua frente.
— Chefe Xerosic, os moleques parecem mesmo envolvidos com os velhotes. O Professor convidou os três para saírem em jornada em busca de completar a tal Pokédex.
— Hmm... E eles aceitaram?
— Disseram que iam conversar com os pais, são uns bebês medrosos, mas acho que estão empolgados com a ideia.
— Isso não nos preocupa, quero informações realmente importantes.
— Oh, um deles parece ter ganho uma Mega Stone da Campeã, se eu não me engano é o mesmo que a salvou do Rotom no dia do ataque ao Hotel. 
— Só isso? — Ela confirma. — Até agora, nada de interessante. Mas, qualquer coisa, me contate novamente, principalmente se Diantha estiver envolvida. 
— Assim o irei fazer, chefe, os três devem vir amanhã ou depois para dar suas respostas ao Professor, acredito que ela também estará aqui. A Campeã e o velho estão cheios de intimidade, ultimamente.
— Preste atenção quando os dois forem conversar particularmente, podem falar algo de importante.
— Vou fazer isso.
Très bien, desligando.

E agora, o que irá acontecer com nosso trio de heróis? A mãe de Xavier irá concordar com seu desejo de partir em jornada? De quem os Flare falam quando mencionam a Madame Flare? Quem será o misterioso homem que tanto conversa com Lysandre? Não perca os próximos capítulos para obter estas e outras respostas.

Continua!

sábado, 12 de novembro de 2016

Capítulo 9 - Confronto em Lumiose City! - Parte 2

Vamos voltar um pouco a história para quando a batalha no Teatro de Lumiose City estava prestes a começar, antes de Sycamore, Diantha e os garotos vencerem seus adversários, quando Looker se aprontava para o início de seu combate.
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— Capitão, vamos ter de tentar, Brick Break!
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~Croaaa!
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— Houndoom, Flamethrower!
~Grrrrr!
A pata do sapo lutador brilha e ele parte para cima de seu oponente, com ela levantada. Porém, no instante que Croagunk acertaria Houndoom, o cão libera uma corrente de fogo alaranjado de sua boca na direção do adversário, que é atingido e jogado para longe.
— Huahahahaha! Mon Dieu, isso vai ser mais fácil do que eu previa. Presumo que a habilidade de seu Pokémon seja Dry Skin, o que deixa esse anfíbio insignificante 25% mais fraco contra ataques de fogo. — O Flare explica, se gabando. — Só mais três ataques desse e ele voltará para o brejo de onde veio.
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— Que interessante, não tinha ideia disso. Muito obrigado pela explicação, rapaz, com certeza me ajudará. 
— Quê?! Isso não foi para lhe ajudar, deixe disso! — O bandido começa a se irritar.
— Sabia que adoro provocar os idiotas? Hehe, o mesmo ataque, Capitão, só que agora faça o que sabe melhor que qualquer outro!
— Também continue com a mesma estratégia, Houndoom!
Os dois repetem seus ataques, mas, dessa vez, Croagunk planejava algo de diferente. Com sua pata focalizada, ele pula em direção à parede, desviando do ataque inimigo, para tomar impulso e acertar seu concorrente, que é ferido.
— Bom trabalho, amigo. Para um velho combatente de guerra você não está nada mal.
— Cachorro infeliz, não deixe que esse metido nos vença, o rodeie com suas chamas!
Com o disparo que saía de sua boca, o Pokémon noturno começa a formar um círculo de fogo em volta de seu oponente, deixando apenas um espaço vazio por cima da ''prisão''.
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— Capitão, fuja!
Croagunk aproveita o espaço vazio para pular e sair do confinamento de fogo, porém, na mesma hora, Houndoom afunila a esfera, a deixando fechada, sem saídas, o impedindo de escapar.
— Hahahaha, quero ver como seu bicho irá sair daí! — O Flare ria, debochando de Looker e de seu monstrinho.
''Vamos, companheiro, eu sei que você consegue me ouvir! Tente um de nossos truques'' — Ele pensava, como se estivesse se comunicando com seu Pokémon, que parece ouvir o treinador.
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— Não vai fazer nada para salvar seu bicho nojento, monsieur?
— Não será necessário, eu confio no meu velho aliado.
Looker dizia aquilo, aparentemente, com toda a certeza, porém, à medida que as chamas iam se intensificando, preocupava-se cada vez mais com o destino de Capitão. É então que, depois de ficar muito cansado, Houndoom para seu ataque, esperando que seu adversário já estivesse torrado. Mas, ao contrário do que imaginava o criminoso e seu mascote, Croagunk não estava, muito menos torrado, no local do incidente. 
— Co-como assim?! Onde aquele sapo se meteu?! — O capanga se surpreende com o que vê, mas logo trata de arranjar algo para se convencer. — Aah, já sei! Ele foi pulverizado pelas chamas e reduzido às cinzas.
— Isso é o que pensa, jovenzinho. — Looker tentava se mostrar confiante, mas continuava preocupado. ''Vamos, apareça.''
Enquanto a fumaça dispersava e todos permaneciam atentos à cena que ia sendo revelada aos poucos, Croagunk surge, repentinamente, de debaixo do piso do Teatro, pulando para cima de seu concorrente com a pata focalizada de energia.
~Croaguuuunk! 
O ataque acerta em cheio Houndoom, que é lançado contra a parede. O cansaço devido ao longo tempo intensificando, em vão, seu Flamethrower, e os golpes que lhe atingiram prejudicam sua resistência. 
— Eu sabia que poderia confiar em você, companheiro. 
— Muito esperto da parte desse anfíbio medíocre, tenho que admitir. Provavelmente, pelos meus cálculos, ele abriu um buraco no chão com um Dynamic Punch, um ataque de bastante força. Ficou escondido por lá durante algum tempo e, depois do caminho ter ficado livre, nos pegou de surpresa.
— Hm, você parece ser bem inteligente, pode me contar de onde surgiu tanta sabedoria? — Looker puxa conversa com o bandido, que, então, começa a falar sem parar.
Bien, tudo começou quando eu ainda era uma linda e estudiosa criança. Meu pai, um cientista de grande importância na Organização onde presto serviços, sempre me levava à escola... 
Enquanto o alaranjado contava a história de toda sua vida, o homem de cabelos grisalhos pisca para seu Pokémon, que, aproveitando-se da falta de atenção do criminoso, ataca Houndoom, que tentava se manter em pé e recuperar do golpe que tinha levado, com mais um Brick Break, o deixando fora de combate.
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Looker levanta o polegar para Cassius, que também acabava de vencer sua batalha, arrancando um sorriso de seu rosto.
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— [...] E, como você pôde perceber, toda esse preocupação com educação me tornou inteligentíssimo, sendo motivo de inveja para todos da equipe. — Ele continua seu discurso, mas logo percebe que tinha sido enganando, vendo seu Pokémon derrotado. — MAS COMO ISSO ACONTECEU???!!! Não é possível, eu não posso ter sido enganado por um patife como você e--
É nesse momento que ele, assim como todos os outros ali presentes, escutam as sirenes da Polícia local.
— Ih, ferrou! — O recruta, como todos os seus aliados, fica preocupado com a chegada dos civis. Ele retorna seu Pokémon e corre para junto de um grupo de Flares que estava se reunindo.
Já Looker se reúne com seus amigos punks.
— OMG, é a polícia! Meninos, temos que sair daqui, eles não podem me pegar!
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D'accord, mas veja, os Flare estão trancando e servindo de guardas em todas as saídas do Teatro! — Ele salienta, apontando para todos os lados do local. — Não temos para onde correr.
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— E agora, Cassius, o que faremos?!
— Não sei, Viviane, mas vamos ter de encontrar alguma solução.

Capítulo 9 - Confronto em Lumiose City - Parte 2
Temporada 1 - Arco 1

Ao mesmo tempo que Looker e a trupe de punks procuravam uma saída, Trevor, Xavier e Tierno iam ao encontro com Sycamore e Diantha, que estavam algemando mais alguns dos malfeitores.
— Mademoiselle Diantha, lembra-se de mim?! — Xavier pergunta, entusiasmado, chamando a atenção dos dois adultos.
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— Oh, mas como não lembrar? Você me salvou daquele ventilador fantasma, oui?
Oui, oui, eu mesmo!!!
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— Então esse é o famoso garoto que você tanto me falou.
— Não consigo acreditar que o mais famoso Professor de Kalos ouviu falar sobre mim!
— Haha, deixe de bobagens, sou apenas um velho pesquisador.
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— O velho pesquisador que mais admiro e que mais irei admirar para todo sempre! — O ruivo se mete no meio de Diantha e Xavier, pegando nas mãos de Sycamore, com os olhos brilhando.
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— Huh?
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— Alguém me segura que eu vou DESMAIAR!!!!!!!! Minha passion de toda a vida, estou realizando o sonho de lhe conhecer, Campeã!
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— Pelo que vejo trouxe amigos com você, hehe. 
Pardon pela euforia deles, os dois são grandes fãs de vocês. — Xavier explica, constrangido com Tierno e Trevor, que ainda estavam paralisados na frente de seus respectivos ídolos.
— Não há problema. Pode apresentá-los para mim e Augustine? Aliás, no dia em que nos conhecemos, você não me contou seu nome.
— Apresento sim, com todo prazer! Esses são Tierno Mathieu e Trevor Legrand. Me chamo Xavier Morin. — Ele vê seus amigos a ponto de babar, assustando Sycamore e Diantha, então os sacode, acordando os dois da espécie de transe que se encontravam. — Caras, se comportem!
Ai, que vergonha, não acredito que o maior Professor e a maior Treinadora da região me viram nesse estado. — Trevor também sussurra, os vendo rir discretamente.
Preciso de um hambúrguer urgente para poder esquecer desse encontro desastroso!! — O gordinho também percebe o divertimento das importantes figuras de Kalos.
Vamos parar de sussurar, acho que eles estão escutando. — Xavier aconselha, e assim o fazem.
— Então, garotos, por que tiveram a ''brilhante ideia'' de ficar aqui no meio dessa confusão? Poderiam ter saído feridos.
Bien, monsieur Sycamore, eu e Tierno pensamos mesmo em fugir, como a maioria da plateia, mas o Xavier resolveu, não sei porque, ficar e dar uma de herói. Como somos ótimos amigos, — ele infla o peito — resolvemos o apoiar.
— Hm, eu não sei o que me deu na cabeça, mas algo que me dizia que eu tinha de ficar. O que importa é que vencemos, com muita sorte, os três bandidos. — Ele retira uma pokéball do bolso. — E tudo graças ao carinha que está confinado aqui dentro.
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— Oh, então aqui está o Froakie que eu tinha perdido! Muito obrigado por ter cuidado dele, fico surpreso em saber que ele lhe ajudou no combate, esse sapinho é um pouco rebelde.
— Na verdade, ele venceu por conta própria, eu tentei ordenar alguns ataques, mas ele não me obedecia. Foi por isso que o prendi na Pokéball, acho que, se o deixasse fora, iria se meter à herói novamente e enfrentar o resto dos recrutas.
— Hahahaha, eu entendo. — Ele pega a esfera. — Ah, agora estou me lembrando, Diantha havia me dito que você gostaria de participar do meu projeto, certo?
Oui, mas acho que devemos conversar isso depois desses criminosos estarem todos atrás das grades. 
— Tem razão, jovem, temos de prestar atenção nesses malfeitores.
— Já cuidamos de boa parte deles, estão prontinhos para a Polícia. — A Campeã aponta para alguns Flares que estavam algemados e outros que estavam amarrados, todos reunidos em um canto.
— Isso é muito bom, bela e doce Diantha, mas vejam, eles parecem estar tramando alguma coisa. — Tierno direciona as atenções para um grupo de laranjados que estavam reunidos, conversando com uma espécie de holograma.

•••

— Seus imbecis, inúteis, imprestáveis! Como puderem perder todas as batalhas e ainda deixar que a maioria de seus companheiros fosse pega justamente por nossos dois alvos?!
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— Nos perdoe, monsieur Xerosic, vamos conseguir algum triunfo, prometemos.
— Isso vão ter que conseguir mesmo, de qualquer maneira, ou o Monsieur Flare ficará irritadíssimo. Além de minha posição na organização cair, vocês terão um péssimo destino.
— Sabemos do que nos pode acontecer, por isso mesmo já estamos agindo. Colocamos alguns Flares em todas as saídas do Teatro.
— Não é o suficiente, a Polícia pode arrombar os portões a qualquer momento, além de que Diantha e Sycamore ainda estão com seus fortes Pokémon. Se eles quiserem, derrotarão vocês sem dificuldade alguma. — Ele, assim como o resto do grupo, ouve o barulho de um Policial ordenando, do lado de fora, em um megafone, para o bando se render. — Temos de fazer alguma coisa, rápido!
— A Essentia já está ativada desde que invadimos, a escondemos no teto, só basta uma ordem e ela entrará em ação para explodir todos aqui!
— A robô só será usada em casos de total urgência, ela ainda está em fase de testes, não podemos lhe dar tanta confiança. Sabem que, se ela retomar controle de sua consciência, irá rebelar-se. 
— Tem razão, chefe... Mas então, o que faremos?
É então que um dos jovens do grupo avista uma possível solução: uma garotinha extremamente assustada escondida atrás de um dos assentos da plateia. Ela estava lá desde a invasão, tinha se perdido da sua turma de escola.
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— Mamãe... — Ela fala baixinho, vendo o cara se aproximar.

•••

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— Acho que não temos mais com o que se preocupar, eles estão em um pequeno número, a Polícia arrombará isto aqui já, já e todos serão presos. Não precisaremos mover mais nenhuma palha.
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— Ainda acho que eles tem algum truque na manga. Não são tão burros assim.
— Hey, olhem! — Xavier aponta para uma bandida carregando uma criança nos braços.
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— Droga! Provavelmente usarão aquela menininha de refém.
— Eles não seriam capazes de fazer mal àquela pequenina, seriam? — Tierno pergunta, obtendo a resposta de quem menos desejava obter.
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— Sim, wailord, nós seríamos capazes, HAHAHAHA! 
— Seus infelizes, libertem essa menina agora mesmo, não sejam covardes! — Diantha se irrita, tirando uma Pokéball do bolso.
— Na-na-ni-na-não, velhota, é melhor deixar seus Pokémon paradinhos, ou a criança aqui irá virar fumaça. — A Flare avisa, e Diantha, observando um perigoso Golbat sobrevoando a garotinha, obedece. — Aliás, é melhor todos vocês ficarem desarmados. Andem, joguem todas as Pokéballs no chão, não quero ver um monstrinho fora dessas esferas!
Pessoal, não podemos deixar que eles nos intimidem! — Xavier sussurra para sua trupe.
Garoto, não se precipite, não nos resta outra alternativa, qualquer movimento suspeito e uma pequena vida será ceifada. — Sycamore avisa, vendo a garotinha tremer de medo.
Isso mesmo, vamos fazer o que eles querem. — Diantha concorda, também percebendo a aflição da vítima.
E assim os cinco o fazem, retirando todas suas Pokéballs e as deixando rolar pelo chão. A Campeã, porém, é mais ágil e esperta que os vilões e aperta o centro de uma de suas esferas, assim que as abandona no piso frio do Teatro. Dela, sai uma esvoaçante ave de aparência impetuosa e veloz, que berra um grito de vitória.
~Luchaaaaaaa!
— Hawlucha, seja veloz como nunca havia sido antes e salve aquela criança!
— Aquele não é Caballero Supremo, o grande astro de muitos filmes com a Diantha?! — Tierno pergunta a seus amigos.
Oui, mas não é hora de falarmos disso, Tierno, não vê que estamos no meio de um resgate?
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— Foi mal...
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— Diantha, isso é arriscado demais, estamos falando de uma vida! 
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— Acalme-se Augustine, você me conhece, sabe que não sou de fraquejar, confio de olhos fechados no Hawlucha.
— É melhor que esse seu contra-ataque dê certo, ou levará uma grande culpa pro resto da vida.
— Sei que dará.
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— Muahahahahaha, não queríamos matar ninguém, mas foram vocês que pediram. Golbat, faça as honras, por favor. — A capanga ordena que o morcego que sobrevoava a garotinha a ataque, arrancando um grito de medo da pobrezinha.
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Na cena, que parecia mais o ápice de um filme de ação, o pássaro lutador consegue salvar a criancinha a tempo dela ser mordida por Golbat, fazendo com que o ataque do morcego atinja sua dona, a Flare que, até então, estava com a menina nos braços.
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— Deu certo!!! — Trevor, assim como seus outros dois amigos, comemora o salvamento bem sucedido.
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— É, Hepburn, parece que sua estratégia foi um sucesso.
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— Sei bem o que faço, Augustine. — Ela vangloria-se, arrancando um risinho de seu velho amigo.
De repente, Hawlucha pousa em sua frente, com a menininha nos fortes braços. O Pokémon herói a coloca no chão, a deixando livre para lhe dar um abraço.
— Brigadinha, passarinho!
— Parece que ganhou mais uma fã, colega. — Diantha brinca, envergonhando o Pokémon, que estava meio que sem reação pelo abraço inesperado.
~Haw...
Observando tudo no seu laboratório, pelas câmeras do Teatro, Xerosic se irrita e resolve interfonar para um dos recrutas, que possuía um comunicador no ouvido.
— Merda! Acho que nunca estiver tão irritado em toda minha vida, vocês são os piores recrutas que já tivemos!
— Chefe, não temos outra escolha, vamos ter que ordenar para a Essentia atacar.
— Bando de vagabundos, façam logo isso, antes que sejam presos. Mas vou avisando: se a Essentia se rebelar e voltar à sã consciência, vou lhes massacrar!
— Dessa vez não terá erro, chefe, juramos. E a Martina, o que faremos com ela? A coitada foi envenenada pelo Golbat, no lugar da menina.
— Deixem essa desgraçada morrer. A Team Flare não precisa de imprestáveis como essa garota para o seu projeto de nova ordem mundial.
— Ce-certo... Recruta 3 desligando.
Retirando um controle de dentro de seu casaco, o recruta que havia recebido a ordem de Xerosic avisa seus companheiros, que correm para longe do centro do Teatro, e, logo em seguida, aperta um botão, como uma espécie de chamado para algo (ou alguém)  ali comparecer.
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— Pe-pessoal, por que será que todos os bandidos estão correndo? Estou com a sensação de que não estão fugindo da gente. — Trevor pergunta, mas não obtém resposta, pois todos ali presentes, inclusive ele, começam a focar suas atenções em uma figura estranha que começa a descer do buraco no teto do Teatro.
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 ''N-não pode ser o que eu estou pensando...''
Looker e os punks acabavam de derrotar o último dos Flare que impediam sua retirada pelos fundos do Teatro, ouvem o barulho de algo posando na sala principal, e resolvem conferir o que é. Quando observam o que estava flutuando sobre o piso, entram em êxtase.
A figura vestia um traje preto com amarelo nas axilas e um capacete de mesmas cores com uma grande letra E brilhando.
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Mon Dieu... então eles transformaram ela nisso...
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— Eu tenho que salvá-la, Emma está naquela coisa e não pode ficar lá mais nenhum segundo! 
— Looker, espere, não vá, ela irá explodir tudo! — Cassius grita em vão, já que o homem de cabelos grisalhos, acompanhado de Capitão, corre para onde estava a robô.

•••

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— Diantha, essa é a invenção deles que eu lhe falei, apenas um ataque daquela coisa e todos nós estaremos mortos!
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— O QUÊ???!!!
— AAAAH, vocês não podem estar falando sério, eu não posso morrer antes de comer o maior hambúrguer do mundo e me tornar um dançarino famoso!!!!!!!!!!!! — Tierno se desespera.
— Xavier, veja no que nos meteu, seu idiota! Se sairmos vivos daqui, eu mesmo lhe mato! — Trevor grita com seu amigo, que também estava muito preocupado.
— Garotos, se acalmem, s'il vous plaît! Eu darei um jeito nisso, Gardevoir, saia! — Diantha ordena, liberando sua Pokémon.
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~Voir!
De repente, a robô levanta o braço e começa a concentrar energia em uma esfera formada em sua mão. Os cinco heróis correm para junto dos bandidos capturados e a Gardevoir de Diantha cria um campo de proteção em volta do grupo.
Looker, por outro lado, quando estava próximo da máquina, não encontra escapatória para o que estava por vir.
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— Emma, me escute, não faça is--
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Continua!